domingo, 4 de setembro de 2011

Eu que cheguei



Cheguei pra você como um presente do Céu, como uma lufada de vento numa noite quente.
Cheguei pra você trazendo a alegria de uma gargalhada, a leveza de uma canção de ninar.
Cheguei pra lhe mostrar o outro lado da moeda, e que o “todo dia” de sempre pode ser diferente.
Cheguei pra tocar sua alma sem lhe machucar e pra lhe provar que quando a gente quer, isso é possível.
Sim, o dia pode amanhecer diferente.

Mas você não entendeu o recado do Céu. Não viu que tinha alguém carregando sua alma no colo, sem se queixar do peso que lhe sobrecarregava vindo de tantos tropeços e quedas.
Você preferiu a tristeza da escuridão de sempre, o ar difícil de respirar de sempre, o estrangulamento da alma de sempre.
Você não soube o que fazer com o presente do Céu. Não entendeu a letra da canção. Estranhou o ar gostoso de respirar. A gargalhada soou sem sentido.

O tempo também passou pra você, mas você não se permitiu desenvolver “olhos de ver”. Que pena.
Mais cedo ou mais tarde, você vai procurar o presente e não vai encontrar. Claro, o Céu não permite que um presente enviado por Ele fique eternamente diante da soleira de uma porta que não se abre, pois o papel do presente não é ficar assistindo passivo a vida passar diante dele.
O presente será encaminhado a outras mãos, talvez mais afáveis e generosas.

Não lamente, você teve sua chance.

Eu que cheguei, agora parto.

2 comentários:

  1. Olha que coisa legal! Agora vou te seguir. Beijocas!
    Me visita também no Diariammente!

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  2. Clenes que surpresa boa ver você por aqui! Seja bem-vinda!
    Visitei o "DIARIAMENTE", muito legal! Só falta atualizar né? KKKK
    Bjão

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