domingo, 28 de agosto de 2011

Tudo cresce



Existe uma música de Ana Carolina chamada O Avesso dos Ponteiros que sempre me aparece “do nada” em certas fases da vida quando uma situação limite se instala. Ninguém gosta de limites, mesmo que não admita, mas não vive sem eles mesmo que não goste. 

Tem épocas que não tem jeito, a vida chega pra gente e diz: acorda criatura! Levanta-te e anda! 

Pois é, por uma série de razões cheguei em mais uma dessas. Sim, mais uma porque já vivi várias situações assim e a experiência adquirida me diz que não é uma boa brigar com a Vida, ela sempre ganha. 

Então, aos medrosos feito eu, só resta se armar de coragem (porque pra viver é preciso coragem) e encarar a faxina, onde nós já sabemos de antemão que iremos “perder” coisas e pessoas, mas em compensação, o caminho ficará em melhores condições para que novas coisas e pessoas cheguem. 

Vamos combinar, perder nunca é razoável, mas às vezes, é inevitável.. 

Sem falar que muitas vezes durante a faxina percebemos que o que achamos que estamos perdendo na verdade nunca nos pertenceu, portanto, ninguém perde o que não tem. 

E nesses momentos de “faxinação ruminante” (sim porque eu sou um ser humano ruminante), já ouvi, ouço e ainda ouvirei que desisto fácil das coisas e das pessoas. Já fiquei muito mal com esse tipo de comentário, hoje não fico mais. Finalmente estou descobrindo que há grande diferença entre insistir e persistir, embora no dicionário os dois sejam sinônimos de perseverança. 

Persistência é a essência daquela campanha publicitária “Sou brasileiro e não desisto nunca.” É lutar pelo que vale a pena, pelo que resgata e engrandece a alma de um indivíduo. 

Insistir é dar murro em ponta de faca. 

A maior missão da Vida é nos proporcionar aprendizado, mesmo que em algumas situações esse aprendizado venha por meios dolorosíssimos, e eu sei bem o que é isso. 

Então por que continuar insistindo em hábitos que estão arruinando a saúde, seja física, mental ou emocional? 

Continuar investindo num amor-saci? Sim, porque pra mim amor tem que ter duas pernas, amor de um lado só estrangula a alma do sujeito. 

Insistir em manter a amizade (que nem deveria ser chamada assim, amizade é coisa séria) com gente que só sabe/gosta de ter de você a sua melhor parte? Quando não estão usufruindo disso, você, por melhor pessoa que seja, não terá valor algum, até a próxima necessidade deles. 

Nessa mesma música de Ana ela diz: “...sempre chega a hora em que o camelo tem sede...” 

Não quero ter medo de “ter sede”. Quero crescer! 

Quero que o vento, meu amigo, continue arejando minha alma com novas possibilidades, novas coisas e novas pessoas, porque isso me trará novos aprendizados e oportunidades de colaborar com o aprendizado de outros. Quero ter sabedoria de reter o que é bom e deixar ir o que já não serve mais, mas com a consciência me dizendo: “você fez a sua parte!” 

Entre risos e lágrimas minha faxina já começou e em breve estarei virando mais uma página no livro da Vida. 

É preciso traçar novas linhas... 




domingo, 21 de agosto de 2011

Caldo Verde

Boa noite gente do bem! 

Desculpem a ausência por tantos dias, mas a vida às vezes gira numa velocidade tamanha que não conseguimos acompanhar!
Voltei trazendo mais uma receitinha simples mas que aquece o corpo e a alma. Pra quem gosta de sopa, é uma boa pedida! Testei num desses domingos em que o frio se fez presente na nossa terrinha normalmente tão quente. Ficou muito boa, mas tem que ter cuidado com o sal, pois o paio e o caldo de carne já são salgados. Quando for tirar a pele do paio, tire com ele inteiro, é mais fácil. É só dar um corte leve no sentido do comprimento e puxar a pele com o auxílio de uma faca. 
Aproveitem e até a próxima postagem que não demorará tanto, prometo!



Caldo Verde


Ingredientes:

1 litro e meio de água
1 tablete de caldo de carne ou galinha
500g de batata inglesa descascadas e cortadas em cubos
2 dentes de alho picados
1 cebola média descascada e cortada em quatro pedaços
1 paio ou linguiça calabresa sem pele e picado (aproveite para tirar o excesso de gordura)
Azeite de oliva a gosto
Sal
Pimenta do reino (se gostar)
1 maço de couve-manteiga bem lavado e cortado em tirinhas finas

Preparo:

Leve ao fogo a água, as batatas, o caldo de carne, o alho picado, a cebola, o azeite e a pimenta. Quando as batatas estiverem cozidas, deixe esfriar um pouco. Bata no liquidificador as batatas mornas com o caldo. Devolva o caldo batido para a panela, acrescente o paio picado e deixe ferver, mexendo de vez em quando. Quando estiver fervendo, acrescente a couve-manteiga, acerte o sal se precisar. Mais cinco minutinhos no fogo e está pronto pra servir.